A jornada dos torcedores do Atlético-MG rumo à final da Copa Libertadores, em Buenos Aires, tornou-se um verdadeiro pesadelo. Após quase 36 horas de viagem, caravanas de atleticanos permanecem retidas em ônibus, impedidos de descer para comer, beber água ou utilizar banheiros. A situação, atribuída a bloqueios frequentes realizados pela polícia argentina, gerou indignação e desespero entre os torcedores.
O confronto decisivo contra o Botafogo está marcado para este sábado (30), às 17h (horário de Brasília), mas o foco dos torcedores foi desviado pelo caos enfrentado no trajeto. Os relatos indicam que, desde a chegada à fronteira entre Brasil e Argentina, o comportamento das autoridades locais tem dificultado o avanço das caravanas.
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Paradas inexplicáveis e condições desumanas
Hiury Passos de Freitas, torcedor que saiu de Mariana (MG), relatou que o trajeto em território brasileiro foi tranquilo, com paradas regulares para alimentação e descanso. No entanto, ao cruzar a fronteira argentina, a situação mudou drasticamente.
“Ficamos cerca de duas horas esperando antes de chegar à fronteira e, depois de cruzá-la, houve novas paralisações, algumas durando até cinco horas. Os policiais não explicavam os motivos, nem faziam revistas. Era simplesmente parar e esperar”, detalhou Hiury.
Desde então, os torcedores têm sobrevivido com os lanches levados de casa. “Estamos comendo o que conseguimos trazer: banana, maçã, biscoito. Não há paradas para refeições, nem para necessidades básicas. É desumano”, lamentou.
Esperança distante de Buenos Aires
Os ônibus das caravanas encontram-se agora a cerca de 80 km da capital argentina, entre as cidades de Zarate e Campana, já na província de Buenos Aires. Segundo os relatos, a liberação para entrar na cidade só ocorrerá às 12h deste sábado, poucas horas antes do início da partida.
“Não nos dão explicações e o tratamento é péssimo. Os policiais não querem conversa com os passageiros, só falam com os motoristas e nos mantêm trancados”, desabafou Hiury.
Repercussão e possíveis motivações
A situação gerou revolta não apenas entre os torcedores, mas também nas redes sociais, onde a hashtag #LiberaOsTorcedores se tornou trending topic no Brasil. Alguns especulam que as ações da polícia argentina podem estar relacionadas a um receio de conflitos entre torcidas, especialmente considerando a rivalidade entre torcedores locais e brasileiros.
Especialistas ouvidos pela reportagem apontam que episódios semelhantes já ocorreram em competições internacionais, mas ressaltam que as condições impostas aos atleticanos ultrapassam qualquer justificativa razoável.
Apoio e medidas diplomáticas
A diretoria do Atlético-MG informou que está em contato com autoridades brasileiras e organizadores da Conmebol para garantir a segurança e o bem-estar de seus torcedores. O Itamaraty também foi acionado para acompanhar o caso e mediar uma solução junto ao governo argentino.
Com a partida cada vez mais próxima, a esperança dos torcedores é de que consigam superar este obstáculo e finalmente apoiar o Galo em busca do título continental.
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Foto: Reprodução
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