Na última quarta-feira (4), o Brasil esteve a um passo de fazer história no tênis em cadeira de rodas nos jogos paralímpicos. Ymanitu Silva e Leandro Pena, que buscavam a primeira medalha paralímpica do país na modalidade, foram derrotados na disputa pelo bronze pelos sul-africanos Donald Ramphadi e Lucas Sithole. A emocionante partida terminou com parciais de 6/2, 4/6 e 10/8 a favor dos adversários.
O jogo começou promissor para os brasileiros, que quebraram o primeiro game dos sul-africanos. No entanto, Ramphadi e Sithole reagiram rapidamente, vencendo cinco games consecutivos e fechando o primeiro set em 6/2. No segundo set, Ymanitu e Leandro mostraram resiliência, abrindo 3/1 após uma quebra de serviço no terceiro game. Apesar da recuperação dos sul-africanos, a dupla brasileira conseguiu fechar o set em 6/4, levando a decisão para o tiebreak.
O set de desempate foi marcado pelo equilíbrio, com as duplas empatando em 8/8. Infelizmente, dois erros não forçados dos brasileiros permitiram que Ramphadi e Sithole conquistassem os pontos decisivos, garantindo a primeira medalha da África do Sul no tênis em cadeira de rodas.
A campanha de Ymanitu e Leandro em Roland Garros começou de forma brilhante, com uma vitória tranquila sobre os turcos Ugun Altinel e Ahmet Kaplan, vencendo por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 6/1. No entanto, a dupla brasileira encontrou dificuldades contra os britânicos Andy Lapthorne e Gregory Slade, não conseguindo avançar para a final.
Trajetória do esporte no Brasil
O tênis em cadeira de rodas no Brasil tem uma trajetória marcada por pioneirismo e conquistas significativas. A modalidade chegou ao país em 1985, trazida por José Carlos Morais, que descobriu o esporte enquanto competia na seleção de basquete em cadeira de rodas na Inglaterra. Morais se tornou o primeiro brasileiro a competir em uma Paralimpíada e participou de nove mundiais, conquistando cinco títulos nacionais.
A estreia do Brasil nos Jogos Paralímpicos ocorreu em Atlanta, em 1996, com José Carlos Morais e Francisco Reis Junior representando o país. Desde então, o Brasil tem se destacado no cenário internacional, com atletas como Ymanitu Silva e Leandro Pena, que recentemente chegaram perto de conquistar a primeira medalha paralímpica do país na modalidade.
O tênis em cadeira de rodas segue muitas das regras do tênis convencional, com a principal diferença sendo que a bola pode quicar duas vezes antes de ser rebatida. A modalidade é dividida em duas categorias principais: “Open” e “Quad”, cada uma com suas particularidades para atender às diferentes necessidades dos atletas.
Hoje, o Brasil continua a desenvolver e promover o tênis em cadeira de rodas, com atletas competindo em torneios nacionais e internacionais, e inspirando novas gerações a se envolverem no esporte.
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