A prefeitura de Manaus promoveu nesta quinta-feira (11), na capital do Amazonas, uma reunião estratégica de combate às queimadas com municípios da região metropolitana. De janeiro até o início deste mês, 715 focos de incêndios florestais foram registrados no estado.
O foco da reunião foi o debate de quais medidas podem ser implementadas em conjunto para que o segundo semestre do ano feche com menos registros. Os 715 focos de incêndio foram captados via satélite e divulgados pelo Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Deste total, apenas cinco focos foram de Manaus, o que representa 0,7% das notificações, enquanto o interior carrega a parcela mais pesada. Os maiores registros são: Lábrea (104); Manicoré (65); São Gabriel da Cachoeira (62); Apuí (56) e Barcelos (53). No caso dos municípios da região metropolitana, também há registros nos municípios de: Autazes (21); Itacoatiara (17); Presidente Figueiredo (16); Careiro (11); Manacapuru (10); Careiro da Várzea (10); Novo Airão (6); Silves (3); Iranduba (2); Itapiranga (2); Manaquiri (2) e Rio Preto da Eva (2).
Conscientização
O secretário de Meio Ambiente de Rio Preto da Eva, Martinelli Gonçalves, foi um dos representantes que acompanharam a reunião e disse que há um esforço muito grande a ser feito para que a população, em especial os que vivem nas áreas rurais, compreenda que a queima de resíduos gera os incêndios. Ao lado disso, ele também citou as dificuldades orçamentárias que impedem uma fiscalização maior pelo município.
“O orçamento do meio ambiente é uma coisa que praticamente não existe. Há verba para educação, para saúde, mas não tem nada para o meio ambiente, então temos que fazer das tripas coração para tentar mitigar esses danos ambientais”, disse o secretário.
O segundo semestre é a grande preocupação dos gestores por ser o período de estiagem e calor, o que favorece o cenário para aumento dos focos de incêndio. O titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Sustentabilidade e Mudança do Clima de Manaus (SEMMASCLIMA), Antônio Stroski, disse que ações conjuntas precisam ser realizadas entre os municípios para evitar também a péssima qualidade do ar.
“Nós tivemos a presença de fumaça em Manaus durante quase três meses. Estamos aqui há quase 50 anos, não há na memória das pessoas e nos registros uma ocorrência com a magnitude do que ocorreu no ano passado”, comentou Stroski.
Liderança de Manaus
Manaus, por ter registrado uma das menores quantidades de focos de incêndio e possuir maior orçamento do que as demais cidades no mesmo cenário, tomou a frente para organizar as medidas de proteção ambiental e controle das queimadas. O vice-prefeito, Marcos Rotta, destacou que a conscientização deve ser um dos principais pilares para diminuir os índices.
“Manaus trabalha muito na conscientização, fazemos nas escolas pela manhã, tarde e noite. Essa etapa deve ser uma iniciativa primeira, antes da fiscalização”, disse Rotta.
Mas a fiscalização também vai acontecer já que o executivo criou a Guarda Municipal Ambiental para auxiliar nos procedimentos de combate aos crimes ambientais. São 12 servidores e duas viaturas destinadas para esse grupamento que passaram por um treinamento com profissionais da SEMMASCLIMA. O disque-denúncia é o 153, mas vale ressaltar que esses agentes não terão a responsabilidade de apagar fogo.
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