Manaus amanheceu com uma paralisação geral dos motoristas de micro-ônibus conhecidos como “amarelinhos”, nesta segunda-feira (18). O movimento, que incluiu um protesto em frente à sede do Governo do Amazonas, na Zona Oeste da capital, reuniu dezenas de trabalhadores em busca de soluções para os pagamentos atrasados.
A manifestação teve início por volta das 7h, quando motoristas do transporte alternativo, em comboio, se deslocaram para a Avenida Brasil, no bairro Compensa, onde está localizada a sede do governo estadual. O motivo central da paralisação é o atraso nos repasses financeiros referentes aos meses de julho, agosto, setembro e outubro, que impactam diretamente o serviço prestado à população.
Os “amarelinhos” desempenham um papel essencial no transporte público da capital, especialmente na Zona Leste, oferecendo um serviço de lotação que complementa o sistema convencional de ônibus e o transporte executivo.
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Impacto na mobilidade urbana
Segundo Vinícius Araújo, coordenador do movimento, a falta de pagamentos prejudica não apenas os trabalhadores, mas também milhares de usuários que dependem do transporte alternativo diariamente.
“Essa situação está afetando toda a população das Zonas Leste, Norte e parte da Zona Sul, incluindo estudantes e trabalhadores. Essa paralisação vai continuar até que o governador se reúna conosco e apresente uma solução”, afirmou Araújo.
Posicionamento oficial
Em nota, o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) informou que os pagamentos aos operadores do transporte alternativo foram realizados até o mês de julho deste ano. O órgão ressaltou que o convênio firmado entre o Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus previa repasses em seis parcelas, mas o governo estadual ainda não efetuou os pagamentos restantes.
“O IMMU aguarda o repasse das parcelas que restam para que possa efetuar os pagamentos aos motoristas. Reforçamos que, assim que os recursos são disponibilizados pelo Estado, os pagamentos são realizados de forma imediata”, destacou a nota.
O que está em jogo?
A paralisação escancara uma crise no sistema de transporte alternativo em Manaus, que atende milhares de pessoas diariamente. A dependência do setor em relação aos repasses governamentais coloca em evidência a vulnerabilidade do serviço e o impacto direto das falhas administrativas na rotina da população.
Enquanto o governo estadual não se posiciona oficialmente sobre a situação, os motoristas prometem manter a paralisação. A população, por sua vez, enfrenta dificuldades para se locomover, sobretudo em regiões mais afastadas do centro da cidade.
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Foto: Reprodução
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