Manaus deu um passo importante rumo à modernização da matriz energética e logística ao firmar o contrato para construção da primeira usina de gás natural voltada exclusivamente às operações portuárias do Norte do Brasil. A cerimônia de assinatura ocorreu na sede da Super Terminais, no bairro Colônia Oliveira Machado, Zona Sul da capital amazonense, com participação do governador Wilson Lima (União Brasil) e representantes da iniciativa privada. O investimento previsto é de R$ 30 milhões para instalação da estrutura, que terá como principal função fornecer energia elétrica a dez guindastes elétricos Konecranes, considerados os primeiros do tipo no mundo.
Os três primeiros guindastes devem chegar a Manaus em julho de 2026, integrando um conjunto de equipamentos de alta eficiência energética. A expectativa é de que, com a nova usina, as operações no porto Super Terminais deixem de emitir cerca de 17 mil toneladas de CO² por ano, contribuindo para uma logística mais limpa. Para viabilizar o fornecimento, o projeto prevê a construção de 3,5 quilômetros de gasoduto subterrâneo, com capacidade para distribuir até 12 mil metros cúbicos de gás natural por dia. Com isso, será possível eliminar o transporte rodoviário de diesel e reduzir o fluxo de caminhões na área portuária, o que também traz ganhos em segurança e mobilidade.
As obras têm prazo estimado de 12 meses para conclusão, devendo gerar empregos diretos e indiretos no período. O projeto integra a estratégia do Governo do Amazonas de consolidar o gás natural como matriz econômica e alternativa mais sustentável para o setor industrial e de serviços. Além da nova usina, o estado também avança em outros empreendimentos, como o Complexo do Azulão 950, localizado no município de Silves. Nesse projeto, a empresa Eneva investe R$ 5,8 bilhões na construção de três termelétricas a gás natural, com previsão de atender cerca de 3,7 milhões de residências quando estiverem em operação, entre o fim de 2026 e o início de 2027.
Atualmente, o Amazonas conta com uma malha de 335 quilômetros de gasodutos, abastecendo mais de 25 mil unidades consumidoras em sete municípios. No setor industrial, o gás natural representa uma alternativa mais econômica e sustentável, oferecendo redução de até 47% nos custos em relação ao diesel e 54% em comparação ao GLP. Com os novos investimentos, o estado reforça o compromisso com a transição energética e com o alinhamento às metas globais de redução de emissões, fortalecendo a economia local por meio de soluções mais limpas e eficientes.
(Informaçoes: G1. Foto: BNC AMAZONAS)
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