O Rio Negro desceu 27 centímetros nos primeiros dez dias de julho, em Manaus. Os dados são do Porto da capital, que monitora o ritmo de descida das águas. Nesta quinta-feira (11), o nível do rio está em 26,49 metros.
A previsão de que, em 2024, o Amazonas tenha uma seca severa nos mesmos moldes ou até pior do que o estado viveu no ano passado. Durante a estiagem severa, o Rio Negro alcançou o nível mais baixo dos últimos 120 anos. O problema colocou Manaus em emergência, fechou escolas da zona rural e mudou a paisagem de importantes pontos turísticos da capital.
A situação fez com que o Governo do Amazonas decretasse estado de emergência em 20 municípios por conta da seca dos rios. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado de quarta (10).
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A última vez que as águas desceram foi no dia 16 novembro do ano passado. Desde então, o Rio Negro tinha mantido um ritmo lento, mas constante de subida. No entanto, desde o dia 17 de junho, o rio parou de encher e passou seis dias em estabilidade. No dia 23 de junho, porém, as águas começaram a descer. Só nos dez primeiros dias de julho, foram 27 centímetros de vazante, uma média de 2,7 centímetros por dia.
O cenário é o mesmo em Itacoatiara e Coari. Na Velha Serpa, segundo o boletim da Praticagem dos Rios Ocidentais da Amazônia (Proa Manaus), o Rio Amazonas desceu, desde o dia 2 de junho até a quarta-feira, 26 centímetros.
Em Coari, a situação é mais crítica. Desde o dia 2 até a quarta, o Solimões já vazou 47 centímetros e segue em ritmo acelerado de descida.
A seca é influenciada por fatores naturais, como o El Niño e a La Niña, além das ações humanas, como queimadas e desmatamentos. Essa situação é preocupante e requer atenção contínua para mitigar seus impactos.
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